terça-feira, 15 de maio de 2012


Eu percorro os seus caminhos, todos os dias de manhã.. e procuro nas brisas o toque gelado das suas mãos. E mesmo sabendo que é inútil procurar no vazio, eu o faço.. Porque te amo.
Sei que está cada vez mais perto de mim, meu Plato, mas um dia inteiro sem você, me parece uma eternidade.. Culpa sua! Me acostumou mal com essa sua estranha mania de por as mãos nas minhas costas e as arrastar até minha nuca, me fazendo arrepiar os pelos do corpo enquanto ri de mim.. suas mãos, firmes em minhas coxas e o frio da madrugada tomando conta de nossos corpos quentes.. Sua blusa molhada de chuva, jogada na mesa, deixa a mostra todo o seu esforço durante esses meses.. Ah, você me mimou demais.
Simplesmente me dei conta de que agora não era mais aquele garoto inteligente que conheci; era mais que isso.. Era um homem. Meu homem. Seus quase-30 anos transformaram o seu rosto e corpo. Seus músculos perfeitamente delineados estavam à mostra, tal como um troféu, fruto de suas batalhas e guerras, vencidas uma a uma, das quais, eu me orgulhava como se fosse meu próprio merecimento.
Ó meu Plato; traga-me seus louros e cantarei suas vitórias.. serei suas palmas, seu sorriso e seu olhar. Serei uma brisa.. A sua brisa. Percorrerei seu corpo inteiro, fria como a madrugada, e intensa como o fogo. Meu Plato, tão perfeitamente esculpido pra mim, traga-me suas pratas e corcéis!
Nas madrugadas sinto seus braços, antes tão fracos, agora a me levantar.. e no meio de tanto perigo, risadas abafadas e conversas no silêncio constroem nosso amor.. Tanta adrenalina escorre em nossas veias, e o perigo de sermos descobertos nos vem à tona.. por fim, num abraço apertado, nossa despedida.. Queria dormir com a cabeça recostada no seu peito, pra escutar as batidas do seu coração, e fingir que dormia, enquanto estava ali, apreciando aquele momento lindo, enquanto você mexia no meu cabelo e me abraçava forte, me protegendo de todo mal.. Mas nos despedimos ali; já era tarde, e a madrugada é perigosa. Mas.. de uma coisa eu sei: Nos amaremos para sempre - ou quase isso. Nos amaremos enquanto amarmo-nos. Depois disso, só a brisa que sopra sabe..

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

aah, então..

já faz um tempo que eu não mexo aqui,  mas eu decidi parar e voltar no tempo.
voltar para um tempo onde eu ainda tinha pessoas queridas por perto, que eu via todos os dias.
mas agora, num futuro não tão distante, isso não acontece mais. os meus lindos se foram. todos me deixaram. parece que o tempo avançou em fast forward sem que eu percebesse, e já haviam se passado anos desde que acabou o ano de 2011. Hoje resolvi voltar no tempo, e retomar os meus tempos de blogger.. tudo por causa de uma ligação. minha amiga me ligou, e eu quase chorei escutando a voz dela.ela .e disse que tava com saudade. com muita saudade. e eu descobri  que eu também estava.. e que eu precisava de um refúgio. Precisava desabafar com alguém que eu sei que me escutaria queto, e é assim que o meu blog me escuta. ninguém vai ver isso, de qualquer jeito, e provavelmente vou apagar antes de publicar, como centenas de outros posts que eu fiz, que não passaram apenas de letras apagadas, depois de minutos de planejamento sobre um teclado.
mas.. agora está chovendo. e.. eu sei que não importa, mas a chuva me trás lembranças. muitas lembranças. boas e más, mas no final, não importa, pois são apenas lembranças.elas ocupam a minha cabeça, enquanto eu escuto 'someone like you', da Adele. os fones de ouvido não se encaixam, então eu aumento o volume e os deixo pendurados no meu pescoço, enquanto as lágrimas caem. e assim, eu escrevo, com as mãos molhadas, algo que eu mesma me convenci a publicar.. que fala sobre nada, e ao mesmo tempo, tudo. que fala sobre o que eu vivo, e o que eu viví, que me tras más lembranças e boas lembranças, que me cercam durante a noite, e se transformam em pesadelos que não terminm. pelo contrário - só pioram ao abrir os meus olhos.