segunda-feira, 25 de maio de 2015

E de novo, uma pagina em branco. Letras, símbolos, cores, formas, e ainda acho difícil me expressar... É como se faltasse intimidade, como naqueles reencontros de grandes amigos que, após muito tempo sem se ver, não sabem sobre o que conversar.
O grande problema é que o universo conspira contra os que escrevem por amor, por prazer. As obrigações e regras arrancam dos dedos a criatividade da infância, e então não resta mais nada. Do mesmo modo são as grandes amizades da infancia... Hoje já não se conhece mais o outro, pois o tempo arranca dos rostos e mentes o que se foi, e nos faz pessoas novas, maduras, adultas, vazias.
E que seja eterna a liberdade infantil... Que seja a espontaneidade cultivada com carinho mesmo nos corações que o tempo amadureceu. Que a criatividade não seja mais aquela estranha voz abafada, escondida em algum canto dentro de nós, mas que consigamos (todos nós) saber aproveitar das coisas boas da infância que ainda existem dentro do nosso peito, por mais que o tempo tenha passado.
Que cultivemos novamente a intimidade com as letras, as palavras, com o coração - esses nossos velhos amigos, muitas vezes esquecidos pelo tempo, mas ainda tao necessários pra nossa felicidade que não se pode mensurar... Nao deixe que o tempo, com a sua pressa de passar, leve o que existe de bom em você.


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